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Set
01
2022
VAREJO NA RMC CRESCE EM JUNHO E GERAÇÃO DE EMPREGOS RECUA EM JULHO
Os dados de junho de 2022 da Boa Vista - SCPC, avaliados pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), em função do nível de faturamento, apresentaram uma expansão de 4% frente aos números de junho de 2021, e de 25,22% em relação a maio deste ano. A comemoração do Dia dos Namorados, 12 de junho, contribuiu para o desempenho no mês. Em relação à mesma data do ano passado o crescimento foi de 7,89%.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o faturamento de junho de 2022 foi de R$ 2,29 bilhões, também cerca de 4% acima do registrado no ano passado (R$ 2,20 bilhões).
No segmento de “Bens não Duráveis”, as vendas nos supermercados evoluíram em 9,9%, em junho; nas farmácias e drogarias em 7,1% e, nos postos de combustíveis, em 6,5%. Já em “Bens Duráveis”, os crescimentos foram mais tímidos, de 3,9%, em materiais de construção e de 2,15%, em vestuário. No setor de “Serviços” as vendas foram ainda menores, de 1,7%, em turismo e transportes e de 0,9%, em bares e restaurantes.
No comércio eletrônico, o aumento nas vendas em junho deste ano foi de 19% na comparação com junho de 2021, atingindo aproximadamente R$ 585,9 milhões. A evolução do “Varejo Restrito” (que não inclui atividades de veículos e materiais de construção), de Campinas e Região, apresentou uma expansão positiva quando comparada com o varejo sob o efeito da Covid-19.
“Na avaliação sob o efeito da expansão dos principais indicadores econômicos (inflação, juros e câmbio em alta) e o poder de compra em baixa, o varejo está em evolução estável, podendo ficar instável, dependendo dos efeitos da crise da Rússia com a Ucrânia, que pode impactar negativamente a economia mundial. Para os próximos meses, a perspectiva é de instabilidade para o varejo de Campinas e região, dependendo de uma melhora dos indicadores econômicos, das eleições no País e do apaziguamento da crise internacional da Rússia contra a Ucrânia, que se mantém indefinida”, avalia o economista Laerte Martins.
Ainda de acordo com Martins, as vendas à vista cresceram 47,63%, indicando uma possível elevação da inadimplência para os próximos meses. Já as vendas a crédito cresceram 6,1%, em junho.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência entre junho de 2022, na comparação com junho de 2021, apresentou uma elevação de 1,1%, gerando cerca de 115.748 carnês/boletos não pagos, o que corresponde a R$ 83,3 milhões em valores de endividamento dos consumidores de Campinas. Na RMC, foram gerados cerca de 275.590 carnês/boletos não pagos no período, o equivalente a R$ 198,4 milhões em valores de endividamento dos consumidores em junho.
Em julho de 2022 foram gerados na Região Metropolitana de Campinas 6.917 postos de trabalho, volume 21,42% menor do que os 8.802 postos gerados em julho de 2021, conforme Novo CAGED, avaliado pelo departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). A Indústria, os Serviços e o Comércio, regrediram juntos, 41,8%. O setor da Construção Civil expandiu em 7,5% e o da Agropecuária regrediu em 37,5%%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Campinas gerou 2.067 vagas de trabalho, o que equivale a 35,8% abaixo das 3.192 vagas geradas em julho de 2021. A Indústria, a Construção Civil e a Agropecuária expandiram 66,3%, enquanto que os Serviços e o Comércio reduziram 53% frente ao mesmo período do ano passado. “Avaliando os números no acumulado do ano de 2022, (janeiro a julho), constata-se uma redução de 18,8%, frente ao acumulado do ano de 2021, em Campinas. Na RMC, essa redução foi menor, ficando em 14,8% no mesmo período comparado”, explica o economista e diretor da ACIC, Laerte Martins.
Segundo ele, o salário médio de admissão em julho de 2022 foi de R$ 1.926,54, uma redução de 3,32% sobre o salário do mês anterior e a qualificação do emprego segue abaixo das especificações e necessidades da mão de obra procurada. “A perspectiva para os próximos meses é de indefinições, quanto a uma maior expansão da mão de obra, frente o surgimento do impacto belicoso entre Rússia e Ucrânia, que já reflete uma tendência de queda no crescimento de mais postos de trabalho, na nossa Região e no País”, explica o economista da ACIC.
NÍVEL NACIONAL
Em nível nacional, segundo o Novo CAGED, o Emprego Formal com Carteira Assinada em julho de 2022 apresentou um saldo positivo de 218.902 postos de trabalho, decorrente de 1.886.537 admissões e de 1.667.635 demissões. Foram gerados no mês 97.678 postos de trabalho, quando a tendência esperada era de 107.500 postos, para equilibrar o nível de desemprego, que atualmente está em 8%.
O emprego em julho reduziu 30,85% em relação a julho de 2021, com volumes em expansão (de 7,59%) apenas no segmento Construção Civil. O Comércio recuou 48,46%, a Agropecuária 37,57%, os Serviços 35,86% e a Indústria 14,18%.