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  • Fev

    01

    2018

Varejo de SP acumula alta de 3,5% nas vendas, segundo Associação Comercial de SP

Resultado se refere ao volume de vendas de janeiro a novembro de 2017; segmentos mais dependentes de crédito cresceram entre 9% e 15,8%; ACSP frisa que recuperação não é homogênea nem disseminada entre os ramos, mas que retomada está consolidada e deve se intensificar.

 

A pesquisa mensal ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aponta que o volume de vendas do varejo paulista aumentou 3,5% nos 11 primeiros meses de 2017 em comparação com igual período do ano anterior. “Há uma consolidação da retomada do comércio, que deverá prosseguir de forma cada vez mais intensa nos próximos meses, em resposta ao progressivo crescimento da renda, do emprego e do crédito. Além disso, pelo menos mais uma redução dos juros no começo de 2018 pode contribuir para essa intensificação”, comenta o economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal/ACSP, responsável pelo estudo.  

Com alta de 15,8%, o segmento de lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foi o que mais cresceu no comércio do Estado, de janeiro a novembro de 2017, na comparação anual. “Embora o número de dezembro ainda não tenha saído, dificilmente esse ramo terá seu desempenho superado por algum outro. É um segmento que se beneficiou bastante da base fraca registrada em 2016 e foi estimulado pela redução dos juros, pelas facilidades na concessão de crédito e pelo alongamento dos prazos no ano passado”, analisa Solimeo. Também bastante dependentes de crédito, lojas de móveis e decoração (10,4%), concessionárias de veículos (9,8%) e lojas de autopeças e acessórios (9%) se destacaram positivamente.

Dois segmentos ― lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1%) e outros tipos de comércio varejista (-3,3%) ― anotaram quedas de janeiro a novembro. Neste último, o que pesou foi o preço dos combustíveis, que tem sofrido consideráveis elevações, levando à redução do consumo.  

“A comparação entre os ramos mostra que o crescimento do varejo não é homogêneo nem disseminado”, explica Solimeo.

Todas as regiões do estado analisadas pela pesquisa ACVarejo registraram alta no volume de vendas nos 11 primeiros meses de 2017, com destaque positivo para a região de Jundiaí (8,4%). A menor elevação foi do Alto Tietê (0,1%).

Os dados abrangem o varejo ampliado, que considera concessionárias de veículos e lojas de materiais de construção, além dos segmentos habituais. No varejo restrito, que não inclui essas duas categorias, o aumento foi menor, de 2,7%.

A pesquisa ACVarejo é elaborada mensalmente pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, com informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. São avaliadas nove atividades econômicas e 20 regiões paulistas.

 

FATURAMENTO NOMINAL NOVEMBRO 2017

 

  Auto peças e Acessórios Concessionárias de Veículos Fármacias e Perfumarias Lojas de Departamentos, Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos Lojas de Material de Construção Lojas de Móveis e Decorações Lojas de Vestuários, Tecidos e Calçados Outros Tipos de Comércio Varejista Supermercados TOTAL
Novembro 2017 / Outubro 2017 -7,9% -2,6% -1,3% 25,3% -4,4% 8,7% 13,4% -6,1% -0,1% 1,5%
Novembro 2017/ Novembro 2016 -1,8% 9,8% 1,8% 14,0% -3,0% 8,1% 2,4% -10,4% -1,5% 0,0%
Acumulado 2017 9,0% 9,8% 9,1% 13,2% 2,7% 7,3% 2,3% -0,8% 2,8% 4,3%
Acumulado 12 Meses 9,1% 8,6% 9,2% 12,4% 2,9% 5,9% 1,9% -0,6% 3,2% 4,2%

 

VOLUME DE VENDAS NOVEMBRO 2017

  Auto peças e Acessórios Concessionárias de Veículos Fármacias e Perfumarias Lojas de Departamentos, Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos Lojas de Material de Construção Lojas de Móveis e Decorações Lojas de Vestuários, Tecidos e Calçados Outros Tipos de Comércio Varejista Supermercados TOTAL
Novembro 2017 / Outubro 2017 -8,0% -2,7% -0,9% 27,4% -5,6% 10,5% 13,7% -10,0% 0,1% 0,8%
Novembro 2017/ Novembro 2016 -3,0% 8,5% -2,3% 18,2% -4,2% 12,1% -0,5% -16,1% 0,5% -1,0%
Acumulado 2017 9,0% 9,8% 1,6% 15,8% 0,9% 10,4% -1,0% -3,3% 4,1% 3,5%
Acumulado 12 Meses 9,2% 8,6% 1,1% 14,3% 1,1% 8,3% -1,2% -3,2% 3,6% 3,0%

 

FONTE: IEGV a partir de dados da SEFAZ-SP.

NOTA: A partir de janeiro de 2015, por motivo de sigilo fiscal, os dados de lojas de departamento passaram a ser divulgados conjuntamente com os de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.