Notícias

  • Fev

    10

    2016

ACE-Holambra recomenda cautela nas vendas a prazo e com cheques

ENTIDADE MOSTRA OS TRÊS PASSOS QUE COMBATEM EFETIVAMENTE A INADIMPLÊNCIA: CADASTRO, CONSULTA E NEGATIVAÇÃO.

Em 2015, as empresas ligadas à Associação Comercial e Empresarial (ACE-Holambra) buscaram os serviços de proteção ao crédito da entidade por mais de 14.500 vezes. Em sua maioria empresas do varejo, elas utilizaram as consultas ao SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito.

Dentre as informação obtidas, as empresas foram informadas que, em média, 30% dos consumidores estão inadimplentes ao tentar um novo crédito. Esse índice e também os resultados de uma pesquisa recente divulgada pelo Diário do Comércio levam a ACE a recomendar às empresas aumentar a cautela com vendas a prazo e com cheques.

Tendência de piora nos próximos três meses

Realizada por uma empresa especializada em gestão de crédito com mais de 450 grandes marcas, a pesquisa aponta que 71% dos executivos acreditam num crescimento importante da inadimplência já neste trimestre, até abril, portanto.

Pelo estudo, 57% dos executivos consultados também disseram que as novas concessões de crédito vão cair no trimestre em relação ao mesmo período de 2015.

Assim, aumentar os cuidados com o cadastro e com a análise do consumidor, é decisivo para evitar a inadimplência, recomenda a ACE. No fim de janeiro, a Associação Comercial promoveu treinamento sobre crédito e SCPC para empresas associadas. Na atividade, a ACE mostrou como avaliar a concessão de crédito, as ferramentas disponíveis no SCPC e a importância de negativar o consumidor quando ele não paga a conta.

Clientes antigos são os que mais devem

Um dos dados apresentados chamou a atenção ao mostrar que 75% das inadimplências acontecem com clientes antigos. “Muitas empresas imaginam que apenas os clientes novos representam risco. As estatísticas mostram que não é verdade”, comenta Talita Uzai, representante comercial e do setor de SCPC da ACE.

 

Consultar antes é economia

No treinamento aos empresários, a Associação Comercial mostrou ainda que a consulta à pessoa física ou jurídica antes de fechar a venda, faz muita diferença no caixa. Isso porque, segundo Talita, a consulta tem um valor baixo perto da venda (até 1%). Já o processo de cobrança, segundo os custos de mercado, consome cerca de 30% do valor da venda feita e não recebida.

 

Combate às dívidas começa no cadastro

Os procedimentos para evitar a inadimplência não são constituídos apenas pelas consultas, enfatiza a ACE-Holambra. “Na verdade, começa antes, com o cadastro eficiente de pessoas físicas e jurídicas. As empresas, principalmente as lojas, não podem mais se dar ao luxo de ficar envergonhadas por solicitar os dados dos clientes porque ele é um conhecido. Isso deve ser encarado com naturalidade e poderá evitará um constrangimento maior, que é a cobrança”, afirma Talita Uzai.

No mínimo, recomenda a representante da ACE, é importante que o cadastro tenha os seguintes dados: nome completo, telefones, e-mail, endereço físico, data de aniversário, RG e CPF. “Não adianta só fazer o cadastro, é importante também atualizá-lo com frequência. O SCPC recomenda a atualização mínima de 1 ano para pessoas físicas e a cada 6 meses para PJ”.

 

Consultas confirmam dados apresentados pelo cliente

Uma vez com os dados básicos do consumidor, como nome completo (ou razão social no caso de PJ), RG e CPF, ou CNPJ para as pessoas jurídicas, as consultas do SCPC têm ainda outra utilidade: “As consultas ajudam a confirmar dados cadastrais passados pelo consumidor. São muito úteis também na atualização”, fala.

Além dos dados cadastrais, a ACE recomenda atualizar também as informações sobre a capacidade de pagamento do cliente. “Faça consultas periódicas sobre a situação de inadimplência do consumidor. Ele estava adimplente há três meses, mas, e agora, ainda permanece?”.

 

Ferramenta projeta possível inadimplência

Uma ferramenta tem sido decisiva nesse sentido, prospectando a capacidade de pagamento do cliente: ajudando as empresas a analisar se o comprador terá condições para quitar suas compras.

Utilizada especialmente para avaliar pessoas jurídicas ou pessoas físicas com as quais se está negociando altos valores, essa ferramenta é o Score. “Trata-se de recurso extra das consultas. O Score analisa, a partir do comportamento de consumo do cliente, as possíveis inadimplências, classificando o risco de se vender para aquele consumidor, de forma muito clara”.

 

Negativação é blindagem para as empresas

Junta-se ao combate à inadimplência um terceiro passo que nem toda empresa considera, mas é vital contra as dívidas. “É a negativação do consumidor. Nem toda empresa compreende a importância da inclusão do inadimplente no SCPC, mas isso precisa mudar”, afirma a Associação Comercial.

Segundo a entidade, a negativação blinda as empresas, pois, ao consultarem o banco nacional do SCPC serão notificadas sobre o consumidor. A inclusão também é uma aliada na recuperação da dívida, já que restringe o acesso do devedor ao crédito em qualquer parte do país. “Se ficar isento de qualquer restrição, o endividado vai continuar não pagando suas compras”, observa Talita Uzai. “Não existe valor mínimo para incluir no SCPC e, enquanto a dívida não for paga, o registro permanece por 5 anos a partir da data da inclusão”.

 

Peça orientação específica para seu negócio

A Associação Comercial dispõe de mais orientações sobre a análise e concessão de crédito. A entidade também pode recomendar as consultas mais adequadas ao perfil da empresa e na criação do cadastro eficiente. Para isso, os associados devem procurar a ACE ou solicitar visita pelo telefone 3802-2020 ou pelo e-mail comercial@aceholambra.com.br